sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Possuo duas armas infalíveis para exercer mi­nha arte, a primeira é a minha inquestionável superioridade, física, intelectual, financeira e social, que arrasa totalmente meu adversário e me torna invulnerável a qualquer tipo de ata­que, a segunda é que estou pouco me lixando para tudo e não tenho vergonha de nada.
ele não responde, joga o casaco sobre meus ombros e me aperta nos seus braços. ele me beija na testa. uma lágrima rola na minha face, seguida de outra. não consigo mais me segurar, é o excesso de emoções contraditórias que ferviam dentro de mim e que transborda sem que eu possa fazer alguma coisa. vivi demais cedo demais, e por demais solitária. eu não mereço que cuidem de mim. fico sem entender. não preciso de ninguém.
quero viver de amor, evian e marlboro light.
Eu sou uma putinha. Daquelas mais insuportáveis, da pior espécie; uma sacana do 16ème, o melhor bairro de Paris, e me visto melhor que sua mulher, ou sua mãe.
'Eu a amo... O tempo todo, sempre, a ponto de morrer. Eu a amo adormecida ou deprimida, eu a amo cheirada, embrutecida, degradada. Ela conseguia, não sei como, permanecer tão pura nas situações as mais degradantes, que me dava vontade de me ajoelhar na frente dela.'


Andrea di Sanseverini em Hell, Lolita Pille.
Enfim, tenho agradecido por estar viva e ter andado por todos os lugares onde andei e ter vivido tudo o que vivi e ser exatamente como sou.
- E o que é que eu posso fazer para não ser como os outros?

- Não querer ser - disse. - Não querer nunca ser.

Essa noite eu quero te ter
todo se ardendo só pra mim.